29 de junho

Tudo o que me vier à cabeça? "cão gato pêlo coleira comida de gato jardim"? :)
Às 17h segui de carro com a rosa para os anos da avó... 84. Foi estranho. Senti-me calada no meio de uma família que é minha, numa casa que também é "minha". Foi estranho olhar de fora para uma família que adoro. No fundo passei o tempo todo a observar mudanças... Foi estranho ver o novo priminho antónio pela primira vez. Foi estranho ver que o primo Duarte se começa a entregar à sala dos ditos "adultos", deixando o "quarto amarelo" dos primos, o nosso quarto, para nós. Para os primos mais novos que ele. Foi estranho ver que durante anos que me pareceram tantos, éramos nós. Só nós. Oito primos, três tios, dois avós. Avó Bertinha e avô Cuca. António, Rosário e Rita, os três tios. Antoninho, Duarte, Rosa, Zé Maria, Joana, Tomás, Manel e Ana, os oito primos do mais velho para o mais novo. Foi estranho ver que no "quarto amarelo" tantos anos entregue a nós primos para todas as brincadeiras e mais alguma, e mais tarde para conversas que vieram substituir brinquedos à medida que nós oito fomos crescendo e à medida que o Antoninho foi "escorregando" para a sala de jantar (a dos adultos), é possível agora voltar a encontrar o cestinho grande de palha dos brinquedos de quando éramos pequeninos. Isto porque o Antoninho entretanto casou e foi pai duas vezes recentemente... Assim a lista de primos passou para: Antoninho, Duarte, Rosa, Zé Maria, Joana, Tomás, Manel, Ana, Carminho, e António bebé, 10 primos? É estranho, e não deixa de ser engraçado. Foi de repente. Era o tio António, pai do primo Antoninho. Agora é o tio António, pai do primo Antoninho, este último pai da Carminho e do novo bebé António. Manteve-se a tradição dos Antónios. Como ficará este último bebé? Antoninhinho? Agora a família não é "recta". E ainda bem. Agora os meus avós são também bisavós, os meus tios são também tios-avós. O Duarte começa, tal como o Antoninho em tempos, a "saltar" entre a sala dos primos e a sala dos "adultos". Nós primos somos primos em segundo grau dos novos priminhos que fazem do quarto amarelo um sítio onde vão descobrir, logo a seguir ao cestinho dos brinquedos, as malas maiores com os legos gigantes, o quarto de chapéus que também serve de esconderijo, as almofadas grandes amarelas que servem para fazer casinhas, mais tarde as damas que só jogávamos em casa dos avós, e muito mais tarde as conversas com os primos. Sem cestos de brinquedos, sem esconderijos, sem casinhas, com alguns jogos de damas quando as saudades apertam, e sobretudo com o prazer de nos sentirmos primos numa família que é nossa, num "quarto amarelo" que será sempre nosso, que guardará para sempre todas as nossas gargalhadas enquanto primos sem descendências e com tempo distante para crescer e passar para a outra sala.


Um grande beijo de parabéns à avó Bertinha que nos tem puxado ao longo de toda a sua vida para "a outra sala", que nos fez crescer a todos, que me fez e faz crescer ainda. Muito.

quero ir à grécia...

primeiras pegadas

(fotografia tirada pelo Tomás que nos acompanhou numa fabulosa tarde de praia em miramar)


As pegadas estão para dentro ou para fora? Às vezes é-me difícil vê-las realmente para dentro, mais facilmente as vejo para fora. Umas vezes parece que fogem, outras que correm para alguém. Estou de férias. Corro para nada, com tudo à minha frente. Corro para tudo, sem nada para fazer. No fundo tudo me chama, no fundo nada me obriga a ir. Muitos mergulhos num tempo incerto, muita praia em dias desconhecidos. Muito sol em caras conhecidas que me levam para a praia. Muitos pés descalços pela areia que nos leva ao mar, e do mar a uma enorme vontade de me sentir cheia. Cheia de vontade de fugir ou de ir ao encontro. Cheia de vontade de pisar descalça a areia, e de lá deixar marcadas pegadas que durem. Até que o mar as leve.

mergulho no Porto

E mergulhámos ao sabor do vento. No porto. Por entre danças e mergulhos e abraços, sombras e muita música, descobrimos o prazer há muito descoberto de estarmos juntos.
Um abraço muito apertado a cada um.

talvez

Talvez por ser este o dia, talvez por ter esperado por ele, ou talvez por me apetecer. Talvez por querer dançar, talvez por querer cantar adriana calcanhotto sozinha em casa ou talvez por um sorriso estampado na cara. Talvez por querer andar descalça pelo chão quente, talvez por ter entrado de férias. Talvez por ter jantado ainda de dia, talvez por não ter que estudar, talvez por o Porto se aproximar, talvez por a Teresa se aproximar, talvez pelo concerto se aproximar. Talvez por me apetecer ir de manhã comprar um pijama à women'secret, talvez por gostar de andar pelo chiado, talvez por me apetecer ler, olhar, ver, rir, sorrir, descobrir.

Ou talvez simplesmente por querer gritar o verão! Escrevo.

 

sábado

Estava de saída, de saída desse dia, pronta para se meter na cama. Estava ansiosa por escorregar por dentro do frio dos lençóis que adorava e que contrastava tão bem com o calor dessa tarde... Estava pronta para acabar de digerir o crepe chinês e o doce de leite com bolacha maria dessa noite. Ia dormir, descansar finalmente. Deu uma última ronda pela internet, bebeu um último copo de água e deitou-se. Sentiu todo o seu corpo descair aos poucos sobre o colchão, o frio no quente da sua pele. Estava calma, serena. Tinha conseguido.
Tinha sido o último sábado do ano dedicado à matemática.
Fechou os olhos com um daqueles sorrisos que ninguém vê. Um daqueles sorrisos interiores. Profundamente interiores e que lhe enchiam por completo o corpo.
Quando acordou já não estava no seu quarto, nem em Lisboa.
Quando acordou já estava a sonhar...

Veneza

Veneza...
cidade das máscaras, cidade dos pinóquios, cidade da água, cidade das ruas estreitas, cidade onde nos perdemos a cada instante, cidade onde nos encontramos, cidade para descobrir, cidade descoberta, cidade linda, cidade nossa, cidade minha.

1 de Junho!

No dia da criança...
parabéns às meninas teresa e inês, manas de diferentes idades que eu adoro e que fazem anos hoje!
É tão bom lembrar os nossos momentos tão infantis a ouvir este cd na ilha da culatra...

"Eu não existo longe de vocês" :)

Estou convosco, mas quero ir ter convosco.