sábado, julho 28, 2007

E, no fundo, o que acho mais graça é a minha balança digital da casa de banho não acusar o peso da zazu.

sexta-feira, julho 13, 2007

autocarro, 12 de julho

- Mas ele foi estúpido, porque é que ele não veio falar comigo hoje? Podia ter vindo falar comigo hoje.
- Ah sim, atão e o curso dele?
- Ah tens razão, o curso, não me lembrei do curso.
- Ah pois, querias que ele não fosse ao curso por causa de ti? Tu queres é muita coisa.
- Pois, tens razão, não me lembrei do curso, tens razão.
- Ah pois. Bruno já vamos, assenta-te mais pra janela pra não caíres.
- Ahhh mas havia de me mandar ele uma mensagem como o outro te mandou a ti que eu ia a correr. Eu era setúbal, era frança, era itália, ia aonde ele 'tivesse. Dizia à minha avó, olha avó, tenho um familiar em itália muito mal, e ela assinava-me o papel e lá ia eu. (suspiro)
- (A outra a transbordar de orgulho por ter efectivamente recebido uma mensagem assim.) Bruno 'tá quase, vá.
- (outro suspiro.) Ai o meu cabelo 'tá uma porcaria, tenho de voltar a pintá-lo assim todo de loirinho.
- Pois, ficava-te melhor.
- Pois é, tenho que ir pintá-lo, que isto assim 'tá uma porcaria. Ai ai... tu já com vinte e eu com quinze. Já vistes? Dezasseis do quatro de mil novecentos e noventa e dois, foi quando eu nasci.
- Quando, diz lá outra vez?
- Catorze do seis de mil novecentos e noventa e dois.
- Bruno, eu não vou sair do autocarro pra comeres e eu voltar a entrar, tem paciência filho! Ah, então 'tás quase a fazer anos.
- Não! Dezasseis do quatro de mil novecentos e noventa e dois.
- Ah, pois, então tens catorze.

A outra não desmentiu. Saí.