do lado de dentro

Uma senhora andava calmamente pela pascoal de melo. Mais à frente duas raparigas comiam uma salada na esplanada de uma das tascas que enchem à hora do almoço. Um senhor com uns cinquenta anos passeava de jornal na mão pelo passeio largo da rua. Um rapaz olhava em volta, à procura de uma decisão que lhe diria para onde ir. Uma menina puxava pela mãe para ver a montra de uma loja chinesa que também vende bonecas.
Todos pareciam calmos. Só eu, do lado de dentro do vidro de um carro a que a inês chamaria de "amigo" por entre risos, corria em pensamento. Como se o fizesse andar mais rápido. Só eu queria ulrapassar todos os sinais. Só eu queria gritar com todos os carros que resolviam estacionar à nossa frente.


Só eu tinha que chegar a tempo do teste de matemática.