quinta-feira, julho 14, 2005

porque não... porque não quero.

Não. Não quero estar assim contigo. Se me pesa? Pesa-me. Qualquer coisa. Tinha-te vindo dizer apenas que me lembrei subitamente que poderá não haver conciliação para que possa ir na próxima semana para peniche. Porque conheço demasiado a minha mãe para criar boas expectavivas. Porque estava aqui e de repente isso caiu-me aos pés. Ontem e hoje sonhei com essa semana, e hoje, num momento, o sonho quase se extinguiu. Apareceste e quis dizer-to.
Porque sabia que ias perceber o porquê do meu alarme. Percebeste. Achaste que esta batalha (este meu momento) tinha sido para mim o fim da guerra. Não foi. Talvez me tenha enervado por teres pensado tal coisa, por teres começado a dizer-me o que fazer, quando ainda mal tempo tive para tentar começar a resolver a "desconciliação" da próxima semana. Pensaste que a tua ajuda não tinha sido bem-vinda. A tua ajuda é sempre bem vinda. Mas neste momento... posso dizer que "chocou" com a minha vontade de resolver. A minha vontade enfrequeceu talvez com os teus palpites, a tua vontade de me ajudar enfraqueceu com a minha reacção. Não. Não quero. Queria que soubesses que queria muito viajar na próxima semana convosco, mergulhar na casinha pequenina com camas de madeira, dançar no chão de tijoleira nas noites de calor, cantar, gritar músicas, voar de bicicleta...
E é claro que quero fazer de tudo para acordar
do sonho e estar em peniche, mas tenho também os pés assentes na terra para receber sem braços abertos o que não me deixar ir. Só quero estar preparada, sei que nunca vou estar.

Esquimó, dá-me o quentinho...

joana