quarta-feira, novembro 16, 2005

no fim do verão


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...e aterrámos em coimbra.
Não conhecia a cidade dos estudantes, será que já conheço? Não sei. Sei só que quando queríamos saber por exemplo onde era a outra casa, íamos à varanda, e do lado direito do nosso plano de visão surgia um braço esticado com um dedo esticado a apontar para o outro cimo de coimbra. "Portanto, é só descer e voltar a subir. É já aqui, a uns dez minutos a pé. Eu levo-vos lá amanhã." - ouvíamos uma voz de um imaginário mundo de cinema. Nesse dia deitámo-nos tarde, e entre morenazos e jogos para crianças, senti-me pequena. O grandioso acolhimento fez-me descalçar rapidamente e tirar fotografias. Senti-me em casa.
Ainda custou descer e subir até à outra casa, porque levávamos todas as malas às costas. Demorámos 25 minutos. Parámos quando as pernas cansaram e foi aí, numa paragem de autocarro, que me apercebi da tranquilidade da sensação de me sentir por aqueles lados, connosco.
Descobrir coimbra já sem malas fez-nos andar a pé a comer chocolates. A melhor sensação foi mesmo a de poder pôr os pés fora de casa, atravessar a cidade até ao rio, descansar, subir até à universidade, comprar postais e poder voltar até à outra casa sem entrar num único transporte público.

A pior sensação foi a de pôr os pés fora de um cais que, com data e hora marcada, deixou sair um comboio de coimbra que, sem data e hora marcada na minha cabeça, nos havia de levar até qualquer outro sítio...

Cidade bonita, para voltar. Sempre.

Saudades ao timon e à zeta, e, claro, à minha fiel companheira de viagens.
Uma tosta mista no quarto e um morenazo trincado em vossa honra.

Para mais tarde recordar?
Não... Decididamente, para mais tarde repetir.