quarta-feira, março 01, 2006

Num salto encontrámo-nos lá.
Abraçámo-nos e abraçámo-nos e abraçámos o entrudo em danças que há muito esperavam ser dançadas.
E foi assim que nos perdemos... em músicas tão conhecidas e em passos tão passados, regressámos a nós e recriámo-nos ali, na música que nos dançou pelos três dias. Ali, os horários trocaram-se e vivemos a noite, onde o escuro nos guiava sem medos para os braços de quem há muito queríamos convidar para dançar. Embalámo-nos e fomos embalados por mazurkas, scotishes, circulos e chappeloises, onde um só pulo nos obrigava a trocar de par. Transformámos três dias em três noites, entregámo-nos às notas de música que nos faziam dançar ou mesmo trocar os passos, quando o clarinete não sabia de cor a música dos naragonia. Voltámos a descobrir-nos em andanças que arrancam sempre um grande bocado de nós. Ou seremos nós que trazemos um grande bocado de andanças nos pés que ainda doem?... O espaço continua lá, vazio. Nós regressámos, cheios daquele espaço, cheios daqueles passos.
...e foi assim que nos perdemos.