quarta-feira, janeiro 04, 2006

Porque na simples perfeição dos passos encontrei o não pisado, o ar ainda não sacudido pelos meus pés. A dança fluiu, nós deixámo-nos fluir por ela, entre lisboa e peniche. Navegámos de bicicleta, atirámo-nos para o chão porque, ali, não existiam relógios. Ali o tempo parou, parou rápido de mais. Ali, os olhos não se fecharam: fingiram sonos e jogaram waterfall. Entregámo-nos ao desconhecido de sete magníficos num mundo nosso com uma passagem de ano intimamente nossa, de cumplicidade deslocada, dez minutos.
Parámos, respirámos e parámos de respirar. Vivemos, gritámos sorrisos em copos partidos e, quando o ano acabou, voltámos a viver (-nos).
Só que, às vezes, o coração pára de respirar. Para sentir na plenitude (a liberdade de nos dançarmos).
Voltamos?