sexta-feira, dezembro 09, 2005

Um súbito entrave na vontade de falar, não só pelas dores de garganta. É que, às vezes, até os passos num dia de feriado custam a dar. Ou precisamente o contrário: temos vontade de correr por aí, até ao infinito dos infinitos só porque é feriado.
Not today. Hoje o dia pareceu meio dia. Acordei cedo demais para o tarde demais que me deitei. Fnac. Voltei às 17h e adormeci até à hora do jantar. Numa linha preenchi um feriado, desperdício de tempo livre? Talvez não. Quando o tempo não-livre é demasiadamente ocupado, precisamos do livre para sentir o corpo cansado descair para o nada. Para debaixo das penas de um cobertor quente que nos faz andar por aí, de outra forma.
Hoje ocupei o dia de outra maneira. Fechei os olhos e andei por aí, a correr rumo ao infinito dos infinitos.
E preenchi o meu feriado em muitas, muitas linhas.
E entre o cá e o "para lá do sono", só as dores de garganta pela falta de fala ou pelo exagero das palavras enquanto dormia (quem sabe?) parecem querer-se verdadeiramente reais nos dois mundos.
E, no fim de uma quinta-feira disfarçada de domingo, como é possível recusar guardar a minha voz e deixar que a do manel cruz me chegue aos ouvidos...?
Não é.
E é por isso que, mais uma vez, deixo de me sentir por cá...